quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Prezado Carlos,

Repasso texto escrito há poucos dias sobre as eleições para o CAU, como contribuição às discussões que você organiza aí.
Abraço cordial,

Haroldo.



Prezados colegas,

Hoje é dia 29 de julho. No próximo 29 de agosto serão encerradas as inscrições das chapas que disputarão os votos dos arquitetos na primeira eleição geral para o CAU/BR e os 27 CAUs estaduais e do DF.

Para o CAU/BR, elegeremos 27 conselheiros federais – grupo ao qual se agregará mais um conselheiro representante das instituições de ensino de arquitetura. Aos 56 colegas (28 titulares e respectivos suplentes) delegaremos a honrosa tarefa de estabelecer o Código de Ética e Disciplina a ser cumprido pelos arquitetos brasileiros e definir novas normas para o exercício profissional da arquitetura no Brasil.

Para os CAUs estaduais e do DF, escolheremos 306 conselheiros estaduais e suplentes, totalizando 612 arquitetos que terão a obrigação de cumprir e a autoridade de fazer cumprir a Lei 12.378/2010 e as normas derivadas, aprovadas pelo CAU/BR.

Em síntese, esses 668 colegas serão investidos da responsabilidade de "orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de arquitetura e urbanismo, zelar pela fiel observância dos princípios da ética e disciplina da classe em todo o território nacional, bem como pugnar pelo aperfeiçoamento do exercício da arquitetura e urbanismo" (§ 1º do Art. 24º da Lei 12.378/2010).

O novo Estatuto da Arquitetura e Urbanismo, por si, não vai operar milagre, é óbvio. Mas já coloca à nossa disposição ferramentas que, bem utilizadas e articuladas com as oferecidas por outras leis (11.888/2008, 10.275/2001), poderão realizar uma pequena revolução no ensino e na prática da arquitetura em nosso país.

De fato, a negociação de um novo pacto entre os 100.000 arquitetos brasileiros (e entre eles e a sociedade, o ambiente, a profissão) precisará ser um trabalho continuado – pacífico, mas determinado –, meta para algumas gestões do CAU.

Mesmo não sendo tarefa para apenas uma gestão, o “CAU fundador” que elegeremos em 26 de outubro será o divisor de águas: poderá entusiasmar ou frustrar; poderá demonstrar que tínhamos grandes planos, ao dedicar décadas à defesa de um conselho autônomo, ou que era apenas o pequeno interesse de assumir a gerência de nossas contribuições financeiras; poderá, enfim, ser um Conselho profissional respeitado ou apenas outro cartório corporativo.

Trago essas reflexões porque tenho lido e ouvido colegas valorosos e qualificados a comentar que as eleições para o CAU não têm entusiasmado os arquitetos, ou que as discussões em torno da formação das chapas estão sendo conduzidas a portas fechadas, “pelos mesmos pequenos grupos”, coisas assim.

As entidades de arquitetos, pela sua própria natureza, têm obrigação de organizar seminários sobre o CAU, reuniões para divulgar as eleições, seus regulamentos – organizar as discussões.

Mas nós todos devemos nos interessar: buscar colegas reconhecidos pela boa prática profissional (seja no fazer ou no ensinar a fazer arquitetura) e pela retidão de comportamento. Envolvê-los nas discussões e trabalhar para elegê-los conselheiros – isto, se nosso objetivo for mesmo recuperar a qualidade e o prestígio da profissão.

Desistir agora, ou esperar pela próxima eleição para “corrigir” o que de errado for feito pelos que serão eleitos agora, seria erro grave. Como diz o ditado popular, “pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto” – ou, ao menos, dará muito trabalho para desentortar.

Enfatizo: os padrões serão estabelecidos agora, nos primeiros anos do CAU. E eles, os colegas que nós mesmos elegeremos, terão as responsabilidades e os poderes citados acima.

Está em nossas próprias mãos e consciências: podemos conduzir ao CAU colegas qualificados – efetivamente confiáveis em termos culturais, éticos e técnicos. Ou, não... (como diria Caetano).

_______________________________________

Concluindo, e para recordar tempos ainda recentes, transcrevo a primeira página de um documento importante, verdadeiro aval à criação do CAU, que circulou na Internet após o XVII Congresso Brasileiro de Arquitetos, por dois meses, em 2003. Observem a presença de TODOS os ex-presidentes do IAB/DN (e algum/ns futuro/s) e de vários ex-presidentes da FNA, da AsBEA, da ABEA, da ABAP:

ARQUITETOS QUE APOIAM O ANTEPROJETO DE LEI QUE REGULAMENTA A ARQUITETURA E URBANISMO NO BRASIL E A CRIAÇÃO DO CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO, COMO PROPOSTO PELO COLÉGIO BRASILEIRO DE ARQUITETOS:

(Primeira página do abaixo-assinado eletrônico organizado pelo IAB/DN em 2003)

Oscar Niemeyer - Arquiteto - Crea-RJ nº 2.985/D - Rio de Janeiro-RJ

Nestor Goulart dos Reis Filho - Arquiteto - Crea-SP nº 0600.109.259 - São Paulo-SP

Jaime Lerner - Arquiteto - Crea-PR nº 1.807/D - Curitiba-PR

João Filgueiras Lima (Lelé) - Arquiteto - Crea-RJ nº 8.608/D - Salvador-BA

Paulo Mendes da Rocha - Arquiteto - Crea-SP nº 0600.105.694 - São Paulo-SP

Joaquim Guedes - Arquiteto - Crea-SP nº 10.181-D - São Paulo-SP

Pasqualino Romano Magnavita - Arquiteto - C. I. nº 200.280-91 SSP/BA - Salvador-BA

Marcos Konder Netto - Arquiteto - Crea-RJ nº 6.031/D - Rio de Janeiro-RJ

Carlos Bratke - Arquiteto - Crea-SP nº 0600.2.399-19 - São Paulo-SP

Luiz Paulo Conde - Arquiteto - Crea-RJ nº 13.563/D - Rio de Janeiro-RJ

Rosa Grenna Kliass - Arquiteta - Crea-SP nº 11.025/D - São Paulo-SP

Ruy Ohtake - Arquiteto - Crea-SP nº 14.319 - São Paulo-SP

Severiano Mario Porto - Arquiteto - Crea-RJ nº 7.843/D - Rio de Janeiro-RJ

Clovis Ilgenfritz da Silva - Arquiteto - Crea-RS nº 13.286 - Porto Alegre-RS

Orlando Cariello Filho – Arquiteto – Crea-DF nº 1.102/D – Brasília-DF

Sylvio Emrich de Podestá - Arquiteto - Crea-MG nº 35.595 - Belo Horizonte-MG

Vital M. T. Pessôa de Melo - Arquiteto - Crea-PE nº 1.820/D - Recife-PE

Gustavo Penna - Arquiteto - Crea-MG nº 10.562/D - Belo Horizonte-MG

Jayme Zettel - Arquiteto - Crea-RJ nº 8.777/D - Rio de Janeiro-RJ

Alvaro Hardy (Veveco) - Arquiteto - Crea-MG nº 8.751/D - Belo Horizonte-MG

Demetre Anastassakis - Arquiteto - Crea-RJ nº 1.483/D - Rio de Janeiro-RJ

João Diniz - Arquiteto - Crea-MG nº 26.731/D - Belo Horizonte-MG

Fabio Penteado - Arquiteto - Crea-SP nº 0600.9.562-3 - São Paulo-SP

Benito Sarno - Arquiteto - Crea-BA nº 1.336/D - Salvador-BA

Miguel Alves Pereira - Arquiteto - C. I. nº 35.357.652-9 SSP-RS - São Paulo-SP

Demétrio Ribeiro - Arquiteto - C.I. nº 7.004.184.111-RS - Porto Alegre-RS

Telmo Borba Magadan - Arquiteto - Crea-RS nº 21.124/D - Porto Alegre-RS

Antonio Carlos Campelo Costa - Arquiteto - Crea-CE nº 2.583/D - Fortaleza-CE

Fabio Goldman - Arquiteto - Crea-SP nº 16.764/D - São Paulo-SP

Ciro Pirondi - Arquiteto - C. I. nº 6.748.576-SSP-SP - São Paulo-SP

Romeu Duarte Jr. - Arquiteto - Crea-CE nº 8.339/D - Fortaleza-CE

Gregório Repsold - Arquiteto - Crea-MG nº 20.603/D - Vitória-ES

Carlos Fayet - Arquiteto - Crea-RS nº 1.752/D - Porto Alegre-RS

Haroldo Pinheiro - Arquiteto - Crea-DF nº 3.938/D - Brasília-DF

Raquel Rolnik - Arquiteto – Crea-SP nº 137060 - São Paulo-SP

Esther Stiller - Arquiteta - Crea-SP nº 25392 – São Paulo-SP

Gian Carlo Gasperini - Arquiteto – Crea-SP nº 0500056185 – São Paulo-SP

Roberto Aflalo Filho - Arquiteto – Crea-SP nº 0600587387 – São Paulo-SP

Pedro Paulo de Melo Saraiva – Arquiteto – CREA-SP nº 0600.116.640 - São Paulo – SP

Paulo de Melo Zimbres – Crea-SP nº 14.394/D – Brasília-DF

Marcos de Azevedo Acayaba - Arquiteto – Crea-SP nº 0600294130 - São Paulo-SP

Jorge Guilherme Francisconi – Arquiteto - Crea-DF nº 3638/D - Brasília-DF

Sérgio Ferraz Magalhães – arquiteto - Crea-RJ nº 15971-D - Rio de Janeiro-RJ

Sérgio Roberto Parada – Arquiteto – Crea-DF nº 4.543/D – Brasília-DF

Alexandre Chan - Arquiteto - Crea-RJ nº 13.076/D – Rio de Janeiro – RJ

Júlio De Lamonica Freire - Arquiteto - Crea-MT nº 564/D - Cuiabá – MT

João Walter Toscano - Arquiteto - CREA-SP nº 11.446/D São Paulo-SP

Mário Sérgio Pini - Arquiteto – CREA-SP nº 45.860/D - São Paulo-SP

João Honorio de Mello Filho – Arquiteto – Crea-SP nº 0500130955 - São Paulo SP

Renato Luiz Martins Nunes - Arquiteto Crea-SP nº 0600131480 - Ubatuba SP

Registro necessário: LUCIO COSTA, Arquiteto e Urbanista (1902 / 1998), foi o primeiro signatário de documento em favor do Projeto de Lei 4.400/94, de autoria do Senador da República DIRCEU CARNEIRO, Arquiteto, que também propunha a criação dos Conselhos Federal e Regionais de Arquitetura.

Seguem-se ~3.000 assinaturas de arquitetos e estudantes de arquitetura.


Nota: O documento acima consta no Relatório de Gestão do IAB/DN (2002/2004).

Cordialmente,

Haroldo Pinheiro.





cursos na ong vivacidade e iab rp

novos cursos para o segundo semestre de 2011, ONG VIVACIDADE e IAB RP.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

palestra arquiteto angelo bucci

tem coisas que falam
tem falantes que são coisas

programação do iab rp - agosto 2011



Dia 01/08/2011 – Exposição da premiação do IAB São Paulo 2010
Prêmios especiais – Prêmio Rino Levi, Prêmio Carlos Milan, Prêmio Joaquim Guedes, Prêmio Luis Saia.

Local: Novo Shopping (Av. Presidente Kennedy, 1500), 20:00 h.

__________________________________________________________________

Dia 08/08/2011 – Exposição da Produção dos Arquitetos de Ribeiro Preto.
A exposição dos arquitetos de Ribeirão Preto tem o objetivo de aproximar os cidadãos da produção de projetos e obras dos arquitetos e suas lutas coletivas pela melhor condição de vida através de seus projetos nas cidades pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB.

Local: Novo Shopping (Av. Presidente Kennedy, 1500), 20:00 h.


Dia 10/08/2011 – Palestra e mesa de debates sobre o CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo – com o arquiteto Daniel Amor, SASP e a arquiteta Rosana Ferrari, presidente do IAB SP.


Dia 19/08/2011 – Palestra do arquiteto Ângelo Bucci – sobre sua arquitetura;



iab instituto de arquitetos do brasil nucleo de rib preto



O IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil Núcleo Ribeirão Preto é uma entidade representativa dos arquitetos e tem na sociedade o interesse sobre a conscientização da profissão e a ética.
O IAB nasceu em 1921 com sede e foro no Rio de Janeiro. Em 1940 no 5. Congresso Panamericano de Arquitetos em Montevidéu, surgiu a idéia da criação de departamentos do IAB de modo a evitar seu esfacelamento, com novos institutos nos estados. Nosso Núcleo IAB de Ribeirão Preto, pertence ao departamento do IAB-SP, que responde ao IAB-DN – Departamento Nacional que é filiado ao UIA – União Internacional de Arquitetos.
“O Instituto de arquitetos do Brasil e muito importante para a defesa da qualidade de vida, da eficiência e da beleza, nas casas, no trabalho e nas cidades, disse Lucio Costa.
Daí a importância atual da existência do IAB, criado há 90 anos, para que os arquitetos tenham a imprescindível participação nos movimentos sociais em defesa de uma habitação condigna e da cidade humanizada que se desenvolve no país.
É importante existir o IAB para que os arquitetos mantenham o seu caráter pluralista e independente, livre de qualquer tipo de instrumentalização econômica ou política.
O Instituto de Arquitetos do Brasil é para nós arquitetos, contagiante em sua inquietação por novos tempos, é muito forte ao se deixar moldar por cada novo pensar e tem, acima de tudo, a dimensão daqueles que o fizeram, parte da história.
Num quadro de descrédito e desesperança, considero fundamental ao IAB, o esforço e reflexão constantes ao longo de toda a sua história, para se manter como uma entidade independente. Não independência significando descompromisso, mas ao contrário, garantindo que princípios fundamentais, sejam preservados de, conveniências de grupos, do atrelamento ao poder, dogmatismo, do estrategismo de partidos, política, cultura, trabalho e vida, possa ser vista através da atuação do IAB e que, participar desse processo seja algo rico e prazeroso. O IAB desde a sua fundação em janeiro de 1921, vem demonstrando a constante preocupação com as questões que dizem respeito a organização do espaço habitado, caracterizando-se ao longo de seus 90 anos, como uma instituição independente e polimizadora.

9° bienal

9° bienal

9° bienal

9° bienal